O grupo Quinteto Violado e o compositor Mário Moita também foram homenageados nesta edição.
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No ano em que completa 45 anos de história, grupo Quinteto Violado foi homenageado no Troféu Gonzagão, em Campina Grande (Foto: (Foto: Reprodução/Artur Lira/G1)) |
Em uma noite de festa, com a presença de grandes artistas da música
nordestina, foi realizada nesta quarta-feira (10) a 9º edição do Troféu
Gonzagão. Este ano, os grandes homenageados foram o cantor e compositor
Geraldo Azevedo; o grupo de instrumentistas Quinteto Violado; e o
sanfoneiro Abdias do Acordeom (in memoriam). Também foram homenageados o
padre Fábio de Melo e o cantor e pianista português Mário Moita. O
troféu é carinhosamente chamado de “o Oscar da música nordestina”.
A cerimônia aconteceu no Centro de Convenções Raimundo Asfora, em
Campina Grande, e contou com as apresentações de outros grandes nomes
da música brasileira como Marcos Farias, Azulão, Chambinho, Maciel Mel,
Flávio José, Antônio Barros, Os 3 do Nordeste, Cezinha e Fulô de
Mandacarú. Ao todo foram convidadas cerca de 600 pessoas, entre estes
180 artistas.
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O padre Fábio de Melo recebeu o troféu das mãos dos idealizadores do evento em Campina Grande (Foto: Reprodução/Artur Lira/G1) |
O padre Fábio de Melo abriu as apresentações da noite e disse que,
apesar de ser mineiro, se sente parte do Nordeste. Ele disse que a
música nordestina, como as canções de São João, têm raízes religiosas.
“Eu comecei minha carreira na Paraíba, em especial Campina Grande. E
quando eu fui a primeira vez para o Sertão da Paraíba eu reconheci em
mim uma essência de nordestino, mesmo sendo do interior de Minas
Gerais”, disse o padre.
O grupo Quinteto Violado recebe o Troféu Gonzagão no ano em que
completa 45 anos de fundação. “Estamos muito felizes porque essa
homenagem trata de uma figura que foi muito importante na história do
Quinteto Violado. A gente diz sempre que a sonoridade do Quineto Violado
deve-se a leitura que nós fizemos de Luiz Gonzaga”, disse o Marcelo
Melo, um dos fundadores do grupo.
Representando Abdias do Acordeon (in memoriam), Marcos Farias, filho
do músico, recebeu o troféu e lembrou de parte da trajetória do seu pai.
“Eu fico feliz hoje em estar sendo reconhecido e receber esse prêmio em
homenagem ao meu pai, que saiu da cidade de Taperoá, na Paraíba, e
chegou ao Rio de Janeiro e conseguiu fazer com que o nordeste fosse
ouvido, através dos discos que ele produziu e trouxe essa cultura”,
disse ele.
O português Mário Moita fez uma apresentação misturando o forró
nordestino com a música portuguesa. Esta foi a primeira vez que ele
esteve em Campina Grande. “É com prazer que estou aqui esta noite, com
muita alegria. Hoje tenho a sensação de que o Brasil e Portugal estão
bem mais perto do que muitas vezes a gente imagina. Muito obrigado por
terem me convidado para esta noite”, disse o português.
O cantor e compositor Geraldo Azevedo agradeceu a homenagem no Troféu
e disse que “a nossa cultura é uma das mais ricas do planeta Terra.
Cultura é a alma, é a arte de um país. A gente tem uma diversidade
incrível. A gente exporta pra todo lugar do mundo. Esse projeto Troféu
Gonzagão é feito realmente para se tirar o chapéu”. O troféu deste ano
traz parte da partitura da música Dia Branco de Geraldo Azevedo.
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Geraldo Azevedo foi um dos homenageados especiais da 9ª edição do Troféu Gonzagão em Campina Grande (Foto: Reprodução/Artur Lira/G1) |
O odontólogo Ajalmar Maia, um dos idealizadores do Troféu Gonzagão,
exaltou a realização de mais uma edição do evento. “Esse é um momento de
confraternização entre os artistas das nossa cultura. É muito bom ver
todos aqui. Eu espero que o Troféu Gonzagão cresça mais a cada ano e
continue rompendo as barreiras da Paraíba, do Nordeste e do Brasil”.
O troféu
O nome Troféu Gonzagão foi escolhido em homenagem a Luiz Gonzaga, que
apresentou a cultura nordestina para o Brasil. A premiação é parte do
calendário de eventos de Campina Grande e premia os artistas que trazem
consigo a essência da cultura do Nordeste.
Prévia do São João
O evento antecede O Maior São João do Mundo e em 2017 foi lançado
também fora da rainha da Borborema, em João Pessoa. A ideia de Ajalmar
Maia, um dos organizadores do prêmio, “é expandir cada vez mais e sair
dos limites da cidade. O troféu parte da Campina Grande, mas ele é da
Paraíba para o mundo”.
Ano passado
No Troféu Gonzagão de 2016, foi lembrada a imortalidade da obra de Zé
Dantas, o pernambucano poeta, e homenageada a originalidade do baiano
Carlinhos Brown. O compositor Xico Bizerra, o cineasta Bernard Robert
Charrue — diretor premiado do filme ‘Paraíba, Meu Amor’ — e o empresário Pierre Landol, também estiveram presentes no Gonzagão 2016.
ClickPB
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